Valho um voto. Sou dono do meu voto.
Tenho as minhas convicções. Mudam a meu bel-prazer e para o lado que mais me apraz.
Para o PSD despertei quando o meu saudoso Liceu Rainha Dona Amélia foi visitado por uma jota... Adivinhem qual era, e quem era o presidente ;) Mas muito antes, já a minha mãe me havia contado a minha sessão de choro perante uma emissão quase estática na RTP do funeral de Sá Carneiro. Era um puto mal saído das fraldas. Mal sabia eu o amor que teria ao seu partido.
Dessa visita de liceu ficou o mito. A coisa adormeceu. Despertou na faculdade com os amigos que se foram fazendo do lado do PSD. Lá fui filiado pela minha querida Filipa de Oeiras. Sucedeu-se conhecer a minha secção, a formação autárquica, conhecer o PSD, compreender o PSD, mais formações, o auge que foi a Universidade de Verão, as amizades, o compadrio, as viagens, a eleição para a cps, o congresso da jota, a eleição para a aml, a eleição para o congresso, o convite para o psico!
Sempre com as minhas ideias de como as coisas deveriam ser. “Lá vem aquele...”
Autismo? Teimosia? Nada disso. As coisas são como sempre foram. Hoje dizia-me alguém “Isto tá tudo na mesma... Sempre os mesmo...” Eu respondi “Se assim é, porque não deixas de fazer o que sempre fazes, e pla primeira vez na tua vida pensas com a tua cabeça?” Idealismo? Iluminista escocês, era o que me chamavam no meu grupo da UV.
Eu não defendo a instituição, pela instituição. Defendo-a pelo conjunto de ideias. Defendo-a desde que venham de encontro aos tempos que correm e ao que passa na minha mente. Tudo o resto para mim é blá blá blá.
Passados, presentes, futuros. Apenas me interessam se tiverem consequências concretas naquilo que me interessa ver acontecer. Tudo o resto para mim é blá blá blá.
Não estou ligado por cordão umbilical à instituição. Estou à vontade. E é um à vontade muitas vezes confundido com muitas outras coisas. Coisas mais divertidas, coisas menos divertidas, coisas nada divertidas. Passa-me ao lado. A política é um meio para atingir um fim público, e não um fim privado.
Olhem à vossa volta e quantas vozes se levantam desde que o líder avisou o fechar da porta. Quantas são legítimas? Quantas são gritos de terror? Quantas são assobios para o lado? Quantos são os <i>Sir Humphreys</i> que querem salvar a sua pele? Nos lugares políticos, nos seus círculos de influências, nas suas secções, distritais e afins...
E que acontece a quem vem falar e parece fazer sentido? É louco! É vilão. É doido! Não sabe o que diz!
Afinal este partido não é de quem não sabe! É de quem sabe! É de quem domina a máquina. É de quem sabe quem é quem, e sabe quem fez o quê a quem e quando o fez. É de quem faz declarações de intenções verdadeiramente circunstanciais, para no dia seguinte, alterar e dar o dito pelo não dito. Não há lugar para a coerência, ou incoerência. Não há lugar para a conversa directa. Tem sempre de haver entrelinhas, segundos sentidos e paranóia generalizada. Se calhar não é só este. Serão todos.
Vira casacas? Isso não existe! É preconceito. Cada um é livre de pensar e votar naquele que julga capaz. Ou não?
. Sodade
. factor X
. Eleições
. Tv?
. Humildade e Fé emocionant...