
O ritual da aceitação e da proclamação do novo Papa, após a eleição pelo Conclave, está descrito pormenorizadamente na constituição apostólica promulgada por João Paulo II em Fevereiro de 1996 sobre a eleição do seu sucessor.
A eleição do sucessor de João Paulo II verificou-se esta terça-feira, quando o fumo branco saiu da chaminé da Capela Sistina, às 17:50 (16:50 em Lisboa). Pouco depois, os sinos da Basílica de São Pedro repicaram para confirmar a escolha do novo pontífice.
Terminada a eleição na Capela Sistina, o cardeal decano, ou o primeiro dos cardeais pela ordem e pela antiguidade, pede o consentimento do eleito, nestes termos: «Aceita a vossa eleição canónica como sumo pontífice?».
Dado o consentimento, pergunta-lhe: «Qual é o nome pelo qual quer ser chamado?». Nessa altura, o mestre das celebrações litúrgicas, investido da função de notário e tendo como testemunhas dois assistentes que serão chamados neste momento, redige um processo verbal da aceitação do novo pontífice e do nome que ele tomou.
No parágrafo 86 da Constituição Apostólica, João Paulo II escreve: «Peço àquele que for eleito para não se eximir à missão para a qual foi chamado, por recear o seu peso, mas para se submeter humildemente aos desígnios da vontade divina».
«Depois da aceitação, o eleito que já tenha recebido a ordenação episcopal passa imediatamente a ser Bispo da Igreja de Roma, verdadeiro Papa e Chefe do colégio episcopal. Adquire de facto e pode exercer o poder pleno e supremo sobre a Igreja universal. Se o eleito não tiver o carácter episcopal, deve ser imediatamente ordenado bispo», prossegue a Constituição.
Neste momento, o novo sumo pontífice dirige-se ao «quarto das lágrimas», uma pequena sala de três por três metros, ao fundo e à esquerda da Capela Sistina, onde veste o hábito da nova função, feito em três tamanhos (pequeno, médio e grande).
De acordo com a tradição, esta sala tem este nome porque o novo eleito chorava face à responsabilidade e a amplitude da tarefa que o esperava.
A seguir, os cardeais eleitores prestam homenagem e juram obediência ao novo sumo pontífice.
O primeiro dos cardeais diáconos, actualmente o chileno Jorge Arturo Medina Estevez, «anuncia ao povo que aguarda o final da eleição o nome do novo Papa, que logo dá a bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo), a partir da varanda da Basílica de São Pedro».
A Constituição apostólica prevê ainda que se o eleito estiver ausente da Cidade do Vaticano, por exemplo se for um cardeal não eleitor ou um padre, é preciso procurá-lo e receber o seu consentimento. Se ainda não for bispo, a sua ordenação episcopal será feita pelo decano dos cardeais.
O Vaticano anunciou que demoraria 45 minutos entre o aparecimento do fumo branco na chaminé da Capela Sistina para anunciar ao mundo a eleição de um novo Papa e a sua presença na varanda da Basílica de São Pedro.
Diário Digital / Lusa

Um pequeno grande homem, para um imenso partido!
Boa sorte Marques Mendes!
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